quinta-feira, 9 de junho de 2011

Convergência e o Jornalismo

Por Mayara Guimarães


Entrevistei a Professora da Universidade Estácio de Sá e da Faculdade Salesiana em Macaé, Elida Vaz, e ela nos falou sobre a convergência das mídias e a relação com o jornalismo, e a utilização das redes sociais no jornalismo.

Fale um pouco sobre convergência e a noticiabilidade.

- A convergência permite que as pessoas que vão consumir uma informação tenham uma visão mais ampla daquela noticia que estão recebendo. A convergência quando é bem utilizada ela exatamente amplia a capacidade de entendimento, além da própria atratividade da matéria “noticia”, oferece ao usuário uma perspectiva mais ampla e mais interessante daquele assunto.

Qual é a sua perspectiva para a convergência no âmbito jornalístico?

- É uma tendência, a perspectiva é que cada vez mais esses tipos sejam utilizados, dentro da perspectiva mesmo convergente, ou seja, que não seja de sobreposição, cada recurso sendo utilizado dentro da sua lógica, com a sua especificidade e agregando valor aquela noticia, o que a gente quer transmitir ao usuário.

E sobre as mídias sociais e a revolução que as redes estão causando no Oriente Médio. O que você acha?

- Eu acho que indiscutivelmente, elas têm dado provas claras de como são importantes nessa nova ordem social que a gente vive. No caso especifico da Líbia a gente viu todo o processo de organização dessa manifestação, dessa mobilização popular, por meio das redes sociais.

Você acha que é um caso isolado?

- Não. Não é um caso isolado, a gente tem tido vários outros eventos similares e com o mesmo tipo de organização. Eu acho que é muito interessante a gente perceber, que há essa possibilidade é uma nova forma de organização social, que toma conta de saberes distintos, culturas distintas, e que ta aí já amplamente sendo utilizada inclusive por pessoas de diferentes idades, diferentes características culturais, então indiscutivelmente as redes trazem uma perspectiva de quando bem utilizadas...como espaço de discussão, debate, principalmente, de mobilização que é o que a gente percebe no caso Líbia, e de outros lugares.

E aqui no Brasil, como você vê essa perspectiva das mídias sociais e o jornalismo?

- Aqui no Brasil, a gente têm várias e é muito interessante ver não só a perspectiva da mobilização em si, as pessoas se organizarem por essas redes, como o outro movimento que também é valioso de como essas redes interferem no jornalismo. Muitos desses assuntos começam a ganhar força, espaço na internet por meio dessas redes e ai acaba que a impressa traz eles pro seu noticiário depois de ter havido uma mobilização dentro desses espaços virtuais. Isso é uma coisa muito boa e democrática em termos jornalísticos e de organização social.

Depois de ler essa entrevista deixo a seguinte questão: Todo mundo pode ser jornalista com o surgimento da WEB 2.0?

No Blog Web 2.0 no Brasil , você encontra algumas discussões sobre este e outros assuntos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ideias Inovadoras em Debate

Por Mayara Guimarães    

   No mês de abril aconteceu no Rio de Janeiro o Circuito 4x1, evento esse que trouxe como tema as diversas formas de REVOLUÇÃO, introduzindo o lema “+ QUE IDEIAS INOVADORAS...IDEIAS REVOLUCIONÁRIAS”. Foram discutidos assuntos como MARKETING DIGITAL, E-COMMERCE, COMUNICAÇÃO E TRANSMIDIA. A sócia diretora da Plano B, Janaína Machado, apresentou o vídeo “Redes Sociais no Oriente Médio – Uma Revolução Digital?”.
   Em que  mostra jovens do Oriente Médio utilizando as redes sociais para conquistar a democracia, lutar por melhores condições de trabalho e vida e liberdade de expressão.
Se quiser saber mais como foi a apresentação da sócia diretora da Plano B, Janaína Machado, clique aqui, ou saiba tudo o que aconteceu e que ainda vai acontecer no Circuito 4x1.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Analógico ou Digital?

Por Emanuely Ramos


Em novembro do ano passado aconteceu um fato que me chamou a atenção. Todos os internautas brasileiros ligados às redes sociais ouviram falar de uma moça chamada Mayara Petruso. A infeliz colocou no Twitter a frase "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado”, tudo por causa do resultado das eleições presidenciais que ocorrera naquele mês. Essa frase gerou uma reação inflamada de twitteiros de todo o Brasil, em especial dos nordestinos que se orgulham de sua origem.


Em menos de uma semana a moça, que era estagiária de direito em um escritório em São Paulo, perdeu o emprego, sumiu das redes sociais, apagou seu perfil do Twitter, do Orkut, do Facebook, deixou de existir na internet e ainda está respondendo por crime de racismo, cuja pena é de 2 a 5 anos de prisão, mais multa e por incitação pública de prática de crime (no caso, homicídio), cuja pena é detenção de 3 a 6 meses, ou multa.


Este episódio me faz refletir sobre as potencialidades da internet e de suas poderosas ferramentas de redes sociais. No Twitter, especialmente, qualquer um pode postar e agendar as suas próprias notícias. O crescente desenvolvimento das tecnologias digitais e a conseqüente expansão das ferramentas interativas impulsionaram as mudanças das práticas culturais. As suas práticas, atitudes e pensamentos estão cada vez mais condicionados ao ciberespaço.

O mundo virtual mudou a vida da humanidade e fez com que aparecessem hábitos característicos do ciberespaço. Linguagens, formas de interagir e identidades visuais ajudam a ilustrar o ambiente simulado, que em algum momento o internauta constrói a sua própria realidade. É necessário, portanto, uma atenção crítica sobre as repercussões que o Twitter pode causar nos sujeitos sociais, tanto no que diz respeito aos avanços em termos de interatividade e aprendizagem, quanto às suas limitações e perdas, na medida em que afeta profundamente as relações interativas.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Você tem medo do Oriente Médio?

Por Emanuely Ramos





Nos últimos meses o mundo presenciou uma revolta no Oriente Médio protagonizada pela massa: jovens, mulheres, movimentos sociais do país. Com o intenso crescimento da rede, em especial das redes sociais - uma das mais populares atrações da web 2.0, especialmente do ano de 2009 até hoje - uma quantidade considerável de pessoas ingressa nestas ferramentas por diversos fatores, tais qual a facilidade de manter contato com centenas de indivíduos de forma simples e prática, como fonte de informação ou até mesmo para organizar movimentos e revoluções online.

Tenho percebido que as autoridades andam com medo desta onda bater aqui no Ocidente. Medo das massas exploradas descobrirem (assim como os de lá) que têm sim o poder de lutar pelos seus direitos. Por isso também foi percebido a mudança no tom do discurso dos EUA com o fortalecimento das massas no Egito: primeiramente, Obama apoiava Mubarack para o mesmo permanecer no poder. Porém, como os movimentos populares ganharam forças, o discursou mudou e Obama apoiou a saída do ditador.
                                                      
Após a revolução popular no Egito, os militares é quem estão no poder ( pelo menos provisoriamente). Isto já é um grande avanço para o país. As redes sociais, como bem apontou Raquel Recuero, é formada por um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões (interações ou laços virtuais). E são esses laços virtuais que impulsionaram a população do Oriente Médio à revolta!

Redes Sociais e o Oriente Médio

Em junho de 2010 o povo israelense postou este vídeo no You Tube a fim de ridicularizar a frota de ajuda humanitária a Gaza.   Devido a última década ter sido marcada por mudanças culturais em função do aparecimento cada vez mais intenso de novas tecnologias de comunicação, os últimos acontecimentos deixaram clara a participação do povo do Oriente Médio nas redes sociais. 

A internet ocupa hoje um lugar importante neste cenário: ela é capaz de conectar pessoas, ultrapassar barreiras geográficas e fazer com que muitos compartilhem do mesmo espaço ao mesmo tempo. Estas tecnologias impulsionaram uma maior interferência popular no processo noticioso. A ampliação das formas de acesso à internet, os blogs, incluindo fotologs e moblogs e as tecnologias que simplificam a publicação na rede favorecem a participação da audiência na produção da notícia.

Atualmente não há como controlar a quantidade de conteúdo que as pessoas postam na rede. Basta pegar o celular, gravar uma cena e compartilhar através do próprio aparelho telefônico. A expansão das tecnologias fez também com que muitas pessoas passassem a manifestar suas insatisfações online. Estes dispositivos tecnológicos mostram-se, portanto, ferramentas poderosas nestes levantes.

Redes Sociais: armas de uma Revolução

Por Mayara Guimarães


Com o fim da WEB 1.0 e o surgimento da WEB 2.0, os BLOGS e as REDES SOCIAIS se propagaram pelo mundo, os BLOGS por volta dos anos 2000, já as MÍDIAS SOCIAIS depois de 2003. A Web 2.0, desde que surgiu tem sido muito discutida, permitiu a democratização não só do acesso, mas também da publicação de conteúdos, e a cada dia que passa colocar conteúdo na internet fica mais fácil, devido ao surgimento das novas tecnologias móveis (celulares, iphones, ipads).

Os manifestantes libios criaram grupos no Facebook exigindo reformas nas políticas sociais e econômicas da Líbia. Muammar Gaddafi ameaçou os usuários destas redes sociais. O conflito foi violento desde do início, tanto por parte dos rebeldes, quanto do governo. A censura e os cortes de comunicação levaram os rebeldes a criar canais oficiais nas redes sociais para combater a informação tendenciosa dos meios de comunicação ao dispor do regime. Os ativistas libios depois de terem criado o facebook, criaram também uma conta oficial no Twitter para “informar os líbios e os meios de comunicação nacional e estrangeira”. Com o corte ao acesso as redes provocado pelo governo de Muammar Gaddafi, o governo americano interviu de forma que os rebeldes enviavam as mensagens e os Estados Unidos repassavam as informações a população da Líbia.